"O amor chegou, e desembarcou no cais,
onde ninguém o esperava, fazendo
a cidade inteira estremecer, como se
o amor a tocasse.
do barco, e levou-o para a fila
da alfândega, onde lhe perguntaram:
"Donde vem? Que traz consigo?
Mostre o passaporte."
O amor não percebeu
o que lhe pediam; pôs o arco sobre
a mesa, e juntou-lhe as flechas.
“Tudo apreendido: não queremos agressões
nesta cidade; proibidas as armas brancas.”
E o amor, sem passaporte, ficou no cais,
por entre sacos de lixo e vagabundos
sem nada para fazer.
E à noite, quando a cidade
adormece, todos perguntam
quando chega o amor."
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