terça-feira, 25 de abril de 2017

Por aqui e por aí - olhares

"Sei que seria possível construir o mundo justo
                 As cidades poderiam ser claras e lavadas
                       Pelo canto dos espaços e das fontes
                               O céu o mar e a terra estão prontos
                                      A saciar a nossa fome do terrestre
                                           A terra onde estamos - se ninguém atraiçoasse - proporia
                                                       Cada dia a cada um a liberdade e o reino
                 - Na concha na flor no homem e no fruto
                    Se nada adoecer a própria forma é justa
                    E no todo se integra como palavra em verso
                    Sei que seria possível construir a forma justa
                    De uma cidade humana que fosse
                    Fiel à perfeição do universo

                    Por isso recomeço sem cessar a partir da página em branco

E este é meu ofício de poeta para a reconstrução do mundo"



                     "Portas do Sol" Arte digital de Antonieta Figueiredo
lhttp://olhares.sapo.pt/portas-do-sol-foto7754043.html

Por aqui e por aí - olhares



"Acordar da cidade de Lisboa, mais tarde do que as outras, 
Acordar da Rua do Ouro, 
Acordar do Rossio, às portas dos cafés, 
Acordar 
E no meio de tudo a gare, que nunca dorme, 
Como um coração que tem que pulsar através da vigília e do sono (...)"
Fernando Pessoa - Álvaro de Campos.


                                            Lisboa poética"Arte digital de Antonieta Figueiredo
© All rights reserved  http://olhares.sapo.pt/lisboa-poetica-foto7758897.html                        

Por aqui e por aí - olhares



"Lego aos meus amigos
um azul cerúleo para voar alto
um azul cobalto para a felicidade
um azul ultramarino para estimular o espírito
um vermelhão para fazer circular o sangue alegremente
um verde musgo para acalmar os nervos
um amarelo ouro: riqueza
um violeta cobalto para sonhar
um garança que faz ouvir o violoncelo
um amarelo barite: ficção científica, brilho, resplendor
um ocre amarelo para aceitar a terra
um verde veronese para a memória da primavera
um anil para poder afinar o espírito pela tempestade
um laranja para exercer a visão de um limoeiro ao longe
um amarelo limão para a graça
um branco puro: pureza
terra de siena natural: a transmutação do ouro
um preto sumptuoso para ver Ticiano
uma terra de sombra natural para aceitar melhor a melancolia negra
uma terra de siena queimada para noção de duração"
Testamento
Vieira da Silva.




                                  Arte digital fotografia de Antonieta Figueiredo
                                            http://olhares.sapo.pt/
                                            © All rights reserved  

"É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.
É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,
Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos
Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,
Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,
Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,
Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se
desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,
Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,
Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar a felicidade,
Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual."
Pablo Neruda


Técnica mista s/tela  "S.Pedro" 
 © All rights reserved  - Antonieta Figueiredo
"Às vezes, pelo caminho da arte, experimento súbitas, mas fugazes iluminações e então sinto por momentos uma confiança total, que está além da razão. Algumas pessoas entendidas que estudaram essas questões dizem-me que a mística explica tudo. Então é preciso dizer que não sou suficientemente mística.
E continuo a acreditar que só a morte me dará a explicação que não consigo encontrar".
Vieira da Silva.




                       Acrilico s//papel   © All rights reserved  - Antonieta Figueiredo

Por aqui e por aí - olhares

"Vejo, e vendo, vivo".


Fernando Pessoa

" paraísos secretos 2". Alentejo
foto de Antonieta Figueiredo




foto de Antonieta Figueiredo




segunda-feira, 24 de abril de 2017


Exposição Colectiva de Pintura da ARTES - Associação Cultural do Seixal, que teve lugar dia 18 de Junho de 2016  na Biblioteca Municipal de Grândola.
A Exposição apresentou trabalhos de 28 artistas da ARTES, associação que reúne artistas ligados a diversas áreas da estética e da composição artística.




"Além do Tejo" arte digital de Antonieta Figueiredo





sexta-feira, 21 de abril de 2017


 Ravalusi espaço de Arte -  Salvaterra de Magos.


Exposição Colectiva - 4
11 a 18/01/2017


Pastel s/Cartão  "Caminhos áridos" Antonieta Figueiredo
 © All rights reserved 
Acrílico s/Cartão " Bairros" Antonieta Figueiredo
 © All rights reserved 


                                         Carvão s/Papel " As Varinas de outrora" Antonieta Figueiredo
                                          © All rights reserved 






terça-feira, 11 de abril de 2017



Não me perguntes,
porque nada sei
Da vida,
Nem do amor,
Nem de Deus,
Nem da morte.
Vivo,
Amo,
Acredito sem crer,
E morro, antecipadamente
Ressuscitando.
O resto são palavras
Que decorei
De tanto as ouvir.
E a palavra
É o orgulho do silêncio envergonhado.
Num tempo de ponteiros, agendado,
Sem nada perguntar,
Vê, sem tempo, o que vês
Acontecer.
E na minha mudez
Aprende a adivinhar
O que de mim não possas entender.



Miguel Torga




" Intuição do instante I "

Acrilico s//papel   © All rights reserved  - Antonieta Figueiredo


domingo, 9 de abril de 2017

X Bienal Salão das Artes -Pintura e Escultura 2016


X Bienal de Arte da Vidigueira - 15/10 a 15/11 2016




A X Bienal de Artes Plásticas de Vidigueira, promovida pela Câmara Municipal, pretende fomentar a actividade artística e tem o apoio da Junta de Freguesia de Vidigueira e o patrocínio do Crédito Agrícola, do Jornal Correio da Manhã e da Correio da Manhã TV.


Nesta edição participaram 211 artistas nacionais e internacionais e foram submetidas a concurso 321 obras 281 pinturas e 40 esculturas.
As obras puderam ser vistas em vários locais de Vidigueira: no Museu Municipal (praça Vasco da Gama), no salão da Junta de Freguesia de Vidigueira (praça Vasco da Gama), no espaço da antiga Biblioteca (estrada de Portel), no salão do Centro Multifacetado de Novas Tecnologias (rua Longa) e no Casão A. S. Matos Rosa (rua Longa). 








"Por do Sol em Porto Covo" Técnica mista s/Tela - Antonieta Figueiredo






"Tributo a João Vieira" 
Acrílico s/Tela de Antonieta Figueiredo






A amizade e as artes Antonieta Figueiredo e Maria Améla Ramos



"Metamorfoses"
Cerâmica vidrada  de "Mar" Maria Amélia Ramos






                                                                   Ildebranda Martins com Luis Fernando Dourdil

"Relações tóxicas -medo "Escultura

 de Ildebranda Martins.  




Neste evento foi ainda, recordado António Inverno, o artista plástico de Monsaraz, que morava em Beja e que esteve ligado, desde o início, à Bienal Salão das Artes Pintura e Escultura de Vidigueira.






terça-feira, 4 de abril de 2017




"Quando pinto, dialogo com a paleta e com  as cores e elas exprimem-se  através de formas abstractas ou figurativas num processo construtivo de natureza estética."

Antonieta Figueiredo






"Os pigmentos que misturo em linhas, de luz e de sombras são pensamentos e emoções que filtro da realidade que se me depara no fio dos dias"

Antonieta Figueiredo






domingo, 2 de abril de 2017


Exposição Colectiva - 3
 19 a 31/12/ 2016

Projecto Arte 

 Mestre Silvestre Raposo






crepúsculo

 quando um espelho, no quarto,
se enfastia;
Quando a noite se destaca
da cortina;
Quando a carne tem o travo
da saliva,
e a saliva sabe a carne
dissolvida;
Quando a força de vontade
ressuscita;
Quando o pé sobre o sapato
se equilibra...
E quando às sete da tarde
morre o dia
- que dentro de nossas almas
se ilumina,
com luz lívida, a palavra
despedida.

David Mourão Ferreira


Óleo s/papel  © All rights reserved - Antonieta Figueiredo


 Ravalusi espaço de Arte - Salvaterra de Magos.




Óleo s//papel   © All rights reserved  - Antonieta Figueiredo

 Ravalusespaço de Arte - Salvaterra de Magos.




 Ravalusespaço de Arte -  Salvaterra de Magos.

Técnica mista  © All rights reserved  - Antonieta Figueiredo




Silvestre Raposo cria o atelier, Ravalusi espaço de Arte, em Salvaterra de Magos e partilha-o com os seus amigos pintores, escultores, ceramistas, joalheiros, escritores. O Espaço é um atelier aberto a todos os amigos artistas/autores que desejem participar no seu Projecto Arte. Projecto que envolve Exposições, Workshop, Apresentações e a criação de Gala para entrega a vários autores, do seu troféu de reconhecimento/mérito, inerente não só à carreira e obra por eles realizada, mas também como agradecimento pela colaboração prestada. 
Aquilo que para qualquer pessoa seria a realização do sonho de uma vida, para este Homem é só um passo mais, na sua realização como Ser humano.
Chegou a Salvaterra de Magos no verão de 2014 para visitar um amigo e ficou. Trazendo na bagagem uma sacola cheia de ideias prontamente as partilhou, fez proposta à Autarquia que levou a efeito, com a sua coordenação, a 1ª edição do Prémio Infante D. Luís às Artes na categoria de Pintura em 2016 e que em 2017 realizará a 2ª edição de Pintura e a 1ª de Escultura. Foi a ligação entre a Faculdade de Belas Artes e a Câmara de Salvaterra para assinatura de Protocolo de cooperação. Lançou em 2015 três livros, sendo um deles de poesia e fotos sobre Chefchaouen a cidade azul de Marrocos, cuja apresentação teve lugar na famosa Cabana dos Parodiantes, onde foi também moderador de debate sobre economia. Criou amigos e foi ficando, repartindo os seus dias entre Vila Nova de S. Bento e Salvaterra de Magos. Projectou e criou, o Memorial aos mortos da 1ª Guerra Mundial e Guerra Colonial, cuja parte escultórica também executou e, que, foi erguido em 2016 em Salvaterra de Magos. Trabalha as suas esculturas em Foros de Salvaterra na Firma Hélder Pires a quem agradece a amizade e disponibilidade. Sabemos que neste momento, entre outros projectos, trabalha em peças com destino a Mértola e Messines.
Dá aulas de Pintura/Desenho na Universidade Sénior de Salvaterra de Magos, em regime de voluntariado, tendo realizado aqui até ao momento, uma exposição individual na Galeria da Falcoaria Real e participado em duas no Edifício do Cais da Vala e outra no Batuke em Marinhais. Paralelamente participa em exposições colectivas em Coruche, Moita, Ponte de Sor, Biblioteca da FLULisboa, Vidigueira e uma Individual retrospectiva na Imargem em Almada.
Para uns, tanto trabalho parece impossível realizar, mas para quem convive com ele dia a dia percebe facilmente a sua enorme capacidade de trabalho e que consegue tudo isto e muito mais. Um dinamismo que a uns contagia e, que a outros incomoda, mas que a ninguém deixa indiferente. Um exemplo de dinamismo, de vontade de partilhar e realizar. Parabéns pelo exemplo e iniciativas. Desejamos que o seu Projecto Arte e demais iniciativas tenham o sucesso que merecem.
Salvaterra de Magos 25/09/16
A F




Exposição na Galeria Ravalusi em Salvaterra de Magos.

Técnica mista " Mouraria"© All rights reserved    
08/11/ 2016




Óleo/s/papel © All rights reserved   - Antonieta Figueiredo

Em cada um de nós há um segredo, uma paisagem interior com planícies invioláveis, vales de silêncio e paraísos secretos.

 Saint-Exupéry